mulheres

5
mar

PAPo A Mulher na Academia - 8 de março de 2013

Nossa primeira roda de discussões de 2013 sobre o papel da mulher na Academia e no mundo da Tecnologia ocorrerá no dia 08 de março, dia internacional da mulher.

Nesta primeira roda do ano contaremos com a presença de Vania Ferro, que vai contar um pouco de sua experiência como presidente da companhia americana 3Com, diretora da ong Care Brasil e pesquisadora da Escola Politécnica da USP.

Vânia Ferro

Ao assumir a presidência da companhia americana 3Com no Brasil, em 1993, tornou-se pioneira entre os altos executivos do sexo feminino no Brasil. À época, assumiu um escritório com apenas três funcionários e faturamento anual de US$ 5 milhões. Após seis anos, a empresa havia se transformado em uma das grandes de tecnologia do país, com 120 empregados e faturamento de US$ 250 milhões. Formada em Física, Vânia leciona nos cursos de MBA da Faculdade de Economia e Administração (FEA) e da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Hoje em dia
Em 2002, Vânia deixou a presidência da 3Com. Em 2003, assumiu a diretoria executiva da ong Care Brasil, que tem o objetivo de aumentar projetos de geração de renda e incentivar a educação pré-escolar. É professora especialista no Laboratory of Computer Architecture and Networks (LARC) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
http://premioclaudia.abril.com.br/finalistas/vania-ferro/

Sobre o Evento

Local: Escritório Piloto - Sala S33 do prédio da Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP, campus butantã.

Horário: 11h00

Português, Brasil
22
ago

Nota do Grupo de Estudo de Gênero do PoliGNU sobre a “Barraca do Tapa” da Festa Junina da Poli

"Você já foi taxada de vagabunda pelos seus colegas de classe? (...)
Aquele babaca já te chamou de gorda? (...)
A sociedade te menospreza pelo simples fato de ser mulher? (…)
Se sim, saiba que nós, do CAM, incentivamos e apoiamos todos esses tipos de práticas que deixam vocês, mulheres, putas da vida."

O trecho acima fazia parte da divulgação no Facebook da “Barraca do Tapa” do CAM na festa Junina da Poli, ocorrida na última sexta-feira (17/08/12). Lembrando que o CAM é o Centro Acadêmico da Engenharia Mecânica da Poli-USP, entidade que representa estudantes dos cursos de Mecânica e Mecatrônica da Escola Politécnica da USP.

A ideia da Barraca era que mulheres pagassem para poder dar tapa na cara de homens. Como, para muitas mulheres a barraca não era atrativa, a organização entendeu que era necessário instigá-las e motivá-las a bater. Para isso, no evento intitulado “Venha bater em nossa cara” do CAM, sob o pretexto do humor, foram usadas ofensas e provocações como as acima explicitadas, que reforçam preconceitos e estereótipos a que mulheres estão submetidas cotidianamente, além de estimular a resolução violenta de conflitos.

Nenhum preconceito deve ser tolerado sobre a égide da brincadeira, visto que, num extremo não tão distante desse tipo de brincadeira, mulheres são agredidas, estupradas e até mortas. O estímulo aparentemente inocente da violência pode culminar na sua naturalização, como constatado no caso da estudante que foi agredida em maio desse ano por recusar-se a ficar com um estudante do curso de Biologia da USP.

Assim como piadas de cunho depreciativo com negros e homossexuais são apenas a expressão mais superficial de um problema social profundo, piadas machistas denotam o mesmo arcabouço cultural que propicia a violência contra a mulher, seja ela de que tipo for. A tolerância leviana a esse tipo de brincadeira é não menos do que a legitimação, a risonha anuência, a toda violência contra a mulher.

Há a percepção de que em espaços em que a minoria é mulher (no último ano apenas 16,5% dos convocados para a matrícula na Poli em primeira chamada foram mulheres) as práticas machistas encontram um ambiente mais propício para aflorarem, o que torna o ambiente menos atraente para as estudantes. Nesse contexto, observando dados no site do MIT (Massachusetts Institute of Technology), percebe-se uma maior paridade de gênero entre estudantes do que nas áreas de exatas da USP. E, para o MIT, tal informação é colocada como algo extremamente positivo e resultante de políticas da instituição nesse sentido.

Não seria a Universidade de São Paulo responsável pedagogicamente pela formação dos estudantes que por ela passam? Não seria de responsabilidade dessa mesma Universidade desincentivar o desenvolvimento de desigualdades e preconceitos de qualquer cunho dentro do seu corpo discente? Não seria ainda a USP co-responsável por uma consequente formação ética profissional capaz de desestimular essas desigualdades?

Manter uma política de silêncio e impunidade é ausentar-se de tais responsabilidades e, nesse sentido, faz-se necessário um posicionamento não apenas da direção da Escola Politécnica, mas também da Universidade de São Paulo – e é o que esperamos.

“O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons.” Martin Luther King

Português, Brasil
23
mai

PAPo A Mulher na Academia - 2ª rodada de discussão

Ao fnal da 1ª roda de discussão, ocorrida em abril, conclui-se que nem de longe esgotou-se o assunto e que seria necessário pelo menos mais uma edição com o mesmo tema. Assim, o PoliGNU convida a todas e todos para participar do 2ª roda de discussão A Mulher na Academia, no qual debateremos um pouco sobre como é a vida acadêmica para mulheres, as dificuldades e desafios, e outros assuntos correlatos.

Português, Brasil
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