Textos/Artigos

17
Jun

Onde estão as mulheres no Ensino Superior?

Por Cíntia Borges Margi

 

Em 04 de junho de 2013 participei juntamente com a Tica Moreno (Marcha Mundial das Mulheres) da atividade A divisão sexual do trabalho na Universidade organizada pelo Núcleo USP da Marcha Mundial das Mulheres no Instituto de Física da USP - campus Butantã. Foi uma atividade mista, isto é, aberta a participação de mulheres e homens o que é um traço muito positivo do evento. E esta atividade foi parte do Ciclo de debates: Os desafios do feminismo na construção de uma Universidade Popular que ocorreu durante os meses de maio e junho, todas as terças-feiras, abordando discussões sobre o espaço que as mulheres ocupam hoje na Universidade, nos cursos, no currículo e no ensino.

Assim, tentando responder a pergunta “Onde estão as mulheres no Ensino Superior?” busquei estatísticas sobre gênero na USP.

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25
Feb

Manual da Caloura 2013

Este ano, a segunda edição do manual da caloura, para as ingressantes em 2013!

Nele, há várias informações sobre a Universidade - esperamos que tenham uma boa leitura!

Obtenha o seu manual aqui.

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5
Feb

O Ingresso na Universidade de São Paulo - uma abordagem de gênero

O ensino superior vem se expandindo no Brasil e constata-se que a maior parte de estudantes deste nível são mulheres. No entanto, nas áreas ligadas às ciências ditas exatas e tecnologia a situação é inversa: há mais homens que mulheres. Como estudo de caso foram analisados dados de ingresso e matrícula da Universidade de São Paulo (USP) afim de: constatar se realmente há desbalanceamento entre homens e mulheres, em quais áreas isso ocorre e em quais cursos as diferenças acirram-se. Constata-se que nas humanidades há maior equilíbrio e que nas exatas e nas biológicas há significativo desequilíbrio, nestas a maioria de estudantes são mulheres, naquelas, são homens. Isso corrobora com a ideia de que as carreiras cujas profissões associam-se mais à ideia do cuidado ainda são vistas como “femininas” e as mais ligadas à tecnologia e raciocínio lógico ainda são encaradas como “masculinas”. Verifica-se também tendência a queda da participação feminina entre os momentos de inscrição e matrícula. Assim, embora o problema de desequilíbrio de gênero seja majoritariamente exógeno à universidade, é possível que a mesma exerça influência sobre isso: pelo processo seletivo que valoriza determinado perfil, por ações junto aos demais níveis de ensino, ou mesmo por medidas internas à universidade como programas de mentoring e o desestímulo institucional a eventos e comportamentos que reforcem preconceitos.

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21
Dec

PoliGen

O que é? Quando foi criado? Quem participa? Quais os objetivos?

Este grupo nasceu em 08 de março de 2012, Dia Internacional da Mulher com um PAPo promovido pelo PoliGNU sobre "As Mulheres e o Mundo Digital" em decorrência do debate do debate "Web para meninas" que aconteceu na Campus Party 2012. Neste papo, decidiu-se que era importante estabelecer um espaço permanente de discussão para que fosse possível refletir e pesquisar quais ações, pequenas ou grandes, podem ser tomadas para avançarmos no caminho de reduzir as desigualdades de gênero.

O grupo é aberto à participação de quaisquer interessados(as).

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14
Nov

Estudante brasileira cria índice de desigualdade de gênero para o País

A estudante de economia, Luísa Cardoso, foi premiada pelo Conselho Regional de Economia do DF pelo trabalho "A Mensuração da Desigualdade de Gênero: um Índice para os Estados Brasileiros"

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22
Aug

Nota do Grupo de Estudo de Gênero do PoliGNU sobre a “Barraca do Tapa” da Festa Junina da Poli

"Você já foi taxada de vagabunda pelos seus colegas de classe? (...)
Aquele babaca já te chamou de gorda? (...)
A sociedade te menospreza pelo simples fato de ser mulher? (…)
Se sim, saiba que nós, do CAM, incentivamos e apoiamos todos esses tipos de práticas que deixam vocês, mulheres, putas da vida."

O trecho acima fazia parte da divulgação no Facebook da “Barraca do Tapa” do CAM na festa Junina da Poli, ocorrida na última sexta-feira (17/08/12). Lembrando que o CAM é o Centro Acadêmico da Engenharia Mecânica da Poli-USP, entidade que representa estudantes dos cursos de Mecânica e Mecatrônica da Escola Politécnica da USP.

A ideia da Barraca era que mulheres pagassem para poder dar tapa na cara de homens. Como, para muitas mulheres a barraca não era atrativa, a organização entendeu que era necessário instigá-las e motivá-las a bater. Para isso, no evento intitulado “Venha bater em nossa cara” do CAM, sob o pretexto do humor, foram usadas ofensas e provocações como as acima explicitadas, que reforçam preconceitos e estereótipos a que mulheres estão submetidas cotidianamente, além de estimular a resolução violenta de conflitos.

Nenhum preconceito deve ser tolerado sobre a égide da brincadeira, visto que, num extremo não tão distante desse tipo de brincadeira, mulheres são agredidas, estupradas e até mortas. O estímulo aparentemente inocente da violência pode culminar na sua naturalização, como constatado no caso da estudante que foi agredida em maio desse ano por recusar-se a ficar com um estudante do curso de Biologia da USP.

Assim como piadas de cunho depreciativo com negros e homossexuais são apenas a expressão mais superficial de um problema social profundo, piadas machistas denotam o mesmo arcabouço cultural que propicia a violência contra a mulher, seja ela de que tipo for. A tolerância leviana a esse tipo de brincadeira é não menos do que a legitimação, a risonha anuência, a toda violência contra a mulher.

Há a percepção de que em espaços em que a minoria é mulher (no último ano apenas 16,5% dos convocados para a matrícula na Poli em primeira chamada foram mulheres) as práticas machistas encontram um ambiente mais propício para aflorarem, o que torna o ambiente menos atraente para as estudantes. Nesse contexto, observando dados no site do MIT (Massachusetts Institute of Technology), percebe-se uma maior paridade de gênero entre estudantes do que nas áreas de exatas da USP. E, para o MIT, tal informação é colocada como algo extremamente positivo e resultante de políticas da instituição nesse sentido.

Não seria a Universidade de São Paulo responsável pedagogicamente pela formação dos estudantes que por ela passam? Não seria de responsabilidade dessa mesma Universidade desincentivar o desenvolvimento de desigualdades e preconceitos de qualquer cunho dentro do seu corpo discente? Não seria ainda a USP co-responsável por uma consequente formação ética profissional capaz de desestimular essas desigualdades?

Manter uma política de silêncio e impunidade é ausentar-se de tais responsabilidades e, nesse sentido, faz-se necessário um posicionamento não apenas da direção da Escola Politécnica, mas também da Universidade de São Paulo – e é o que esperamos.

“O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons.” Martin Luther King

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23
Jul

A divisão sexual do trabalho

"As condições em que vivem homens e mulheres não são produtos de um destino biológico, mas são antes de tudo construções sociais. Homens e mulheres não são uma coleção – ou duas coleções – de indivíduos biologicamente distintos. Eles formam dois grupos sociais que estão engajados em uma relação social específica: as relações sociais de sexo. Estas, como todas as relações sociais, têm uma base material, no caso o trabalho, e se exprimem através da divisão social do trabalho entre os sexos, chamada, de maneira concisa: divisão sexual do trabalho."

É com este pressuposto que começa o artigo de Danièle Kergoat. Para ler mais, faça download do texto integral (.pdf) logo abaixo.

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