Sistema de revisão de textos para LaTeX

 

Recentemente identificamos uma demanda no mundo LaTeX, que é a de revisão de textos.

A ideia básica é de que você está escrevendo um texto (sua monografia ou um artigo para publicação) e precisa do aval do seu orientador sobre tudo o que está escrito, e a coisa funciona basicamente assim: você escreve e ele palpita.

Editores de texto como o OpenOffice já contam com modernos sistemas de revisão de textos que apresentam funcionalidades de inclusão, exclusão e alteração de textos, além da inserção de comentários.

 


Revisão de texto no Open Office

 

Atualmente no LaTeX não há nada parecido com isso, pelo menos que seja reconhecido, sendo que alguns usuário de LaTeX usam notas de comentários diretamente colocadas no PDF para contornar essa deficiência, sendo que nesse caso a aceitação / rejeição da revisão torna-se algo complicado.

Logo, nossa ideia é bolar um sistema de revisão que minimamente permita uma rodada de revisão entre um escritor e um revisor, contando também com as notas de observações.

Essa rodada consistiria nos seguintes passos:

    • escritor (Tássio) escreve a primeira versão;

    • revisor (Leonardo) faz marcas de revisão

    • escritor aceita ou rejeita revisões e faz mais alterações (marcadas)

    • revisor aceita tudo

Há outros casos de uso que podem adicionar complexidade na história, como vários revisores ou mesmo vários escritores, mas pensamos que é melhor trabalhar de forma iterativa e nos preocuparmos por enquanto com o caso mais básico, que é talvez o mais comum.

Exemplo de anotações

 

Dificuldades

Sistemas de controle de revisão de textos podem ser vistos como ferramentas que permitem destacar modificações feitas a um texto, bem como anexar a este anotações. Tem então por função permitir que as sugestões ao(s) escritor(es) do texto sejam comunicadas no próprio texto, sem que seja precisa a presença do revisor para expressá-las.

 

Vamos comentar duas questões importantes para o sistema. Primeiro, que existe conteúdo que é visível e aquele que não é. Por exemplo, se altero a grafia de uma palavra, digamos “acto”, para “ato”, a mudança é visível. Por outro lado, se defino que as seções agora tem seu título alinhado à direita, e que são numeradas em algarismos pares, como evidenciar a mudança? (Um outro exemplo, também um pouco capcioso, é se trocamos um espaço normal por um “espaço duro” --- aquele que não pode ser substituído por uma quebra de linha.) Por isso, imaginamos que o método de marcação das alterações não deva ser o mesmo para todas elas.

 

Outra questão é se é um ser humano ou um programa que é responsável por identificar quais das alterações devem ser destacadas. Brevemente, uma abordagem é disponibilizar comandos que marquem regiões do texto como alteradas, e também um mecanismo para anotar que ocorreu uma mudança nas proximidades de um ponto do texto (para casos em que não é interessante ou possível aplicar uma marcação gráfica à região alterada). A alternativa é, por exemplo, fazer um diff dos arquivos original e alterado, gerando um arquivo revisado com marcações.

 

Vale mencionar também que existem vários mecanismos para colocar anotações no texto. Sem entrar muito em detalhes técnicos, uma alternativa atraente é empregar o mecanismo nativo do pdf (suportado pelo visualizador livre de pdf Okular), que exibe as anotações como elementos externos ao texto (caixas flutuantes). Nota: as primitivas de criação de anotações no pdf são manipuláveis por pacotes como pdfcomment ( http://tug.ctan.org/cgi-bin/ctanPackageInformation.py?id=pdfcomment )

 

Leonardo Leite 
Tássio Naia

Português, Brasil
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