Geração Z

A primeira vez que ouvi falar de geração X, Y ou Z foi quando vi o lançamento de um livro chamado Geração Y que nada mais é que um blog-denúncia de uma cubana. Isso me despertou para o termo e indo mais a fundo no que realmente queria dizer essa classificação geracional, entendi que tinha a ver mesmo com gerações, as décadas dos nascimentos e os comportamentos decorrentes do momento histórico que molda cada geração.

Assim, resumidamente, Geração X é aquela dos nascidos do início dos anos 1960 até o final dos anos 1970; a Geração Y é aquela cujos nascimentos vão de meados da década de 1970 até meados da década de 1990 e, finalmente, a  Geração Z, de pessoas nascidas desde a segunda metade da década de 1990 até os dias de hoje.

A seguir, trecho de uma matéria interessante publicada na página do Observatório da Imprensa, feita por Márion Strecker em 18/01/2011.

Já ouviu falar da Geração Z?

Os nativos digitais, aqueles que nasceram a partir dos anos 1990 e não concebem o mundo sem celular nem internet, são estimados em 1,6 bilhão de pessoas, número que cresce a cada dia. Numa pesquisa mostrada por Katherine Savitt durante o último Web 2.0 Summit, em San Francisco, Califórnia, em novembro, 71% das pessoas dessa faixa etária reportaram uso simultâneo de celular com internet e/ou televisão. E 69% disseram manter três ou mais janelas ativas do navegador durante uma sessão de internet.

Por conta das tarefas múltiplas, os jovens e ultra-jovens são às vezes tachados de DDA, ou seja, portadores de Distúrbio de Déficit de Atenção. Mas será que trocar mensagens tipo SMS enquanto assistem a programas na TV não é algo como conversar no sofá?

Desde os anos 60, sabe-se que o sistema nervoso se modifica quando o organismo é exposto a muitos estímulos. Neuroplasticidade é o nome que se dá à capacidade que os neurônios têm de formar novas conexões a cada momento. Será que o cérebro da Geração Z não evolui de maneira diferente da dos mais velhos? Será que essa geração não tem uma capacidade sem precedentes de coletar e processar informações?

Outro fato marcante da Geração Z é um novo conceito do que seja fraude. Baixar músicas sem pagar, por exemplo, essa geração não considera fraude, mas sim, algo normalíssimo, até porque há muitos sites que oferecem músicas grátis. Os jovens acham que não é da sua conta verificar se esses sites fazem isso legal ou ilegalmente. A Geração Z compra filmes e softwares piratas sem peso na consciência, mesmo que seus educadores desestimulem a prática. Burlar jogos ou até ajudar a derrubar servidores de empresas com as quais se irritam, como ocorreu recentemente no caso do WikiLeaks, pode dar prestígio ao fraudador, que pode ser visto como pessoa mais esperta ou inteligente do que a média.

Uma das teorias em voga é que a "gameficação" é um grande mercado para a Geração Z, pois há expectativa dos jovens de que a vida deveria seguir o espírito dos videogames. Com isso, as empresas precisariam "gameficar" produtos e serviços. Mesmo criando produtos atraentes, é bom ter em mente que dificilmente algo será tão engajador a ponto de concentrar 100% da atenção de um membro da Geração Z.

Assistir a filmes ou programas sob demanda, na hora e no equipamento que quiser, é normal. Nada de ficar acordado até mais tarde ou mudar outro compromisso só para ver TV com hora marcada. Nem mesmo perder tempo programando gravação, coisa que seus pais fariam ou gostariam de fazer. Até porque essa geração parece muito mais afeita a criar e compartilhar seus textos, fotos e vídeos na internet do que todas as gerações precedentes. 93% dos jovens internautas fazem isso, diz a pesquisa.

 

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