Para aquecer o debate e antecipar um pouco o tema de uma das oficinas previstas para este ano de HTML5 a ser promovida pelo grupo, segue abaixo um texto interessante retirado do site do Ministério da Cultura sobre Web semântica e licenças livres (mais especificamente a Creative Commons):
"Se é verdade que a Web semântica ou Web 3.0 pode ser usada tanto para o bem como para o mal, também é verdade que este tipo de tecnologias que irão supostamente permitir que agentes informáticos inteligentes nos ajudem a satisfazer melhor as nossas verdadeiras intenções e a efectuar tarefas entendiantes deposita demasiada boa fé na inteligência artificial de máquinas que na verdade acabam sempre por reflectir as falhas e virtudes dos humanos que as programaram. Daí que as possibilidades de controlo por parte de entidades com interesses bem humanos sejam também inúmeras.
Isto não parece, contudo, incomodar o sonho de Joi Ito, o director executivo da associação norte-americana Creative Commons. A ideia de Ito é bastante bem intencionada mas lá diz o provérbio popular que “de boas intenções está o inferno cheio”.
Em poucas palavras, a CC está a tentar convencer o World Wide Web Consortium (W3C) – o organismo responsável por estabelecer os padrões tecnológicos que servem de base à Web que todos nós utilizamos – a incorporar um novo standard na nova versão do HTML – a linguagem de programação que se encontra em todas as páginas da Web – de forma a que seja possível obter automaticamente a licença de direito de autor e a sua respectiva informação, bem como o nome do autor e do proprietário, para além de dados como se se trata ou não de uma obra derivada e, em caso afirmativo, de onde é que essa obra derivou.
Como Ito afirmou a 26 de Janeiro numa apresentação em Munique no âmbito da conferência Digita Life Design, o objectivo é que esta informação seja incorporada em todos os conteúdos online de modo a que o utilizador que pretenda usar uma imagem para ilustrar uma entrada num blog ou para acompanhar um vídeo a publicar no YouTube saiba de antemão se tem ou não autorização para tal."
Leia mais em: http://www.cultura.gov.br/site/2009/02/03/burocracia-criativa-cc-quer-informacao-sobre-licencas-dos-conteudos-online-em-html/
O PoliGNU é um grupo formado por estudantes de diversos cursos da Escola Politécnica, bem como de outros cursos da USP, que se dedicam ao desenvolvimento e à divulgação de tecnologia, software e cultura livres, especialmente no que se relaciona à engenharia. O grupo já tem mais de três anos de existência e é aberto à participação de quaisquer interessados(as).
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